"O desejo de um homem convícto é o primeiro passo em busca de um ideal a ser conquistado."
Heslley Couto
Heslley Couto
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Como saber a hora certa de parar?
Como saber a hora certa de parar?
Eis ai uma questão complexa, cheia de respostas “variáveis”.
Bem, isso ainda não ocupa meus pensamentos com regularidade, mas ocasionalmente me pego a pensar nesta questão. Não como algo que me incomode e sim como uma dúvida que creio, permeie os pensamentos da maioria dos atletas de alta competição e não só os “boleiros”.
Temos grandes exemplos no futebol de jogadores que apesar da “idade avançada”, desmitificaram os prognósticos, e atuam ou atuaram em competições de alto nível.
O que dizer então do ciclista norte-americano Lance Amstrong e do piloto alemão Michael Schumaquer - “seria a volta dos que não foram!?” Ambos dispensam apresentações e no auge dos seus 38 e 41 anos de idade respectivamente estão de volta às competições. Será que eles não souberam a hora certa de parar? De qualquer maneira, o esporte é quem ganha com a volta destes dois ícones!
A idéia entre continuar a carreira e parar definitivamente, também já atraiu e deixou em dúvida outros grandes nomes do esporte, como os craques brasileiros Pelé e Zico, o surfista Kelly Slater, o boxer George Foreman, entre outros...
Não só no esporte, e também no mundo corporativo estas questões estão presentes. O respeitado empresário Bill Gates, fundador da Microsoft e um dos pioneiros na revolução dos computadores..anunciou seu “afastamento” da Microsoft.
Observando um companheiro de equipe - o português Carlos Pinto, que no próximo mês completa 37 anos e vive uma excelente fase; “corre como um garoto” e tem a experiência que lhe permite dosar bem os níveis de esforços durante a partida. Resolvi questioná-lo, sobre como ele encararia o momento de parar. E publiquei neste post um papo de boleiro que tive com ele sobre tais questionamentos:
1)Com o futebol moderno mais dinâmico e com mais “exigência física”, você acredita que a vida “útil” do profissional tende a diminuir com estas exigências?
R:A vida de um profissional depende muito das lesões e da vida que leva fora do campo.
2)Esta vivendo uma fase fantástica, considera esta a melhor fase de sua carreira?
R:Sem dúvida que sim, tem sido excelente a todos os níveis e espero ter a cereja no topo do bolo no dia 16 de Maio, que será a final da taça de Portugal .
3)Já escolheu o que fazer após terminar sua jornada como jogador profissional? Tem receio deste momento?
R: Quero continuar ligado ao futebol, já tenho o nível 1 de treinador (curso de treinador realizado em Portugal, que contém 4 níveis) Já em relação ao receio, não existe, tudo tem um começo e um fim! Estou preparado para esse dia.
4)Quais conselhos você daria para os jogadores mais jovens?
R: Penso que neste caso posso ser útil, pois fui um mau profissional no início de carreira e sei o preço que paguei por esse erro. Por isso o meu conselho seria levarem esta profissão a sério, trabalhar sempre nos limites, seriedade, humildade, caráter e ambição nunca poderão faltar.
5)Agora a pergunta que intitulou o tema deste post: Como saber a hora certa de parar?
R: No dia que sentir que não estou sendo “útil”.
Bom, acredito que isto é uma questão muito íntima e individual. Cada um conhece os seus limites, as suas ambições, as suas condições (físicas e psicológicas).. Temos então, a questão fisiológica que deve ser levada em conta, pois até que ponto meu corpo responderá bem às exigências que o desporto requer?
Independente do que fazemos, o prazer e a satisfação com que exercemos nossas funções, devem estar sempre presentes. Tá certo que uma grande parcela dos trabalhadores, ainda não encontrou esta “paixão”, mas ainda há tempo!
Boa sorte, em busca desta “paixão”!
Fica aqui a pergunta - Como saber a hora certa de parar!?
Grande abraço, e que DEUS vos abençoe!
Heslley Couto
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